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Laudo aponta imprudência em explosão que matou dois trabalhadores em cooperativa de Maringá

Segundo a Polícia Civil, perícia indicou que trabalhadores não levaram em consideração questões associadas à própria segurança da execução do trabalho. Investigação continua.

Postado em 25/03/2022 às 11:19 | Atualizado em 25/03/2022 às 11:21

Laudo aponta imprudência em explosão que matou dois trabalhadores em cooperativa de Maringá

Laudo aponta imprudência em explosão que matou dois trabalhadores em cooperativa de Maringá

Uma das etapas da investigação sobre a explosão na Cocamar Cooperativa Agroindustrial, em Maringá, no norte do Paraná, apontou que houve imprudência por parte dos dois trabalhadores que morreram no acidente, segundo a Polícia Civil.

De acordo com a polícia, a informação foi apresentada por meio do laudo criminalístico, composto por relatório de 41 páginas e feito por peritos do Instituto de Criminalística.

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Segundo os bombeiros, os trabalhadores, de 32 e 36 anos, estavam soldando um tanque de fluídos, quando a explosão aconteceu. Eles foram arremessados a mais de 20 metros do local e morreram no local, em 4 de março.

O delegado da Polícia Civil Osmir Ferreira Neves Júnior informou que o laudo é uma das peças importantes do inquérito, que deve ser concluído nos próximos dias.

"O perito indicou que a causa do acidente foi determinada pela imprudência dos trabalhadores que estavam naquele recinto. Eles não teriam observado questões associadas à própria segurança da execução do trabalho. É uma informação extremamente relevante, mas não é a única que irá determinar a avaliação na conclusão do inquérito."

Conforme a Polícia Civil, a próxima etapa da investigação deve ocorrer nos próximos dias, por meio dos depoimento dos envolvidos.

"Os depoimentos devem iniciar na próxima semana e também é muito importante a questão do relatório da gerência regional do trabalho sobre as condições de trabalho dos cidadãos que foram a óbito", disse.

De acordo com o delegado ainda, a polícia deve ouvir a direção da Cocamar, o responsável pela segurança do trabalho e os fiscais de trabalho, que conferem o uso dos Equipamentos Individuais de Proteção (EPIs).

Na sequência, deve começar também a oitiva do responsável pela empresa terceirizada, para quem os funcionários trabalhavam.

À época do acidente, a Cocamar lamentou o ocorrido, disse que adota rigorosos processos de segurança e que está prestando assistência às famílias das vítimas.

(Portal G1)

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