Saúde | Marília

Laboratório móvel do Butantan inicia mapeamento do vírus da Covid em Marília

A partir desta quarta-feira (3), projeto itinerante vai analisar amostras de moradores de 25 cidades da região, 21 delas do centro-oeste paulista. Objetivo é sequenciar o DNA das variantes e acelerar testagem de casos suspeitos.

Postado em 03/11/2021 às 06:03 | Atualizado em 03/11/2021 às 06:05

 Laboratório móvel do Butantan inicia mapeamento do vírus da Covid-19 em Marília — Foto: Instituto Butantan/Divulgação

Laboratório móvel do Butantan inicia mapeamento do vírus da Covid-19 em Marília — Foto: Instituto Butantan/Divulgação

O laboratório móvel do Instituto Butantan criado para percorrer o estado de São Paulo mapeando o vírus da Covid-19 começa a operar nesta quarta-feira (3), em Marília (SP). Esta será a quinta parada do projeto Lab Móvel, que nas duas últimas semanas esteve em Araçatuba e já atingiu o número de 10 mil testes de Covid realizados.

O objetivo do Lab Móvel é mapear e sequenciar o vírus SARS-CoV-2, além de acelerar o processo de testagem dos casos suspeitos de Covid-19 e das variantes que circulam na cidade onde ele se encontra e sua região.

Além de Marília, serão mapeados mais 25 municípios, sendo 20 deles no centro-oeste paulista:

→ Alvinlândia
→ Arco Iris
→ Assis
→ Bastos
→ Borá
→ Cândido Mota
→ Cruzália
→ Gália
→ Garça
→ Guaimbê
→ Ibirarema
→ Maracaí
→ Oriente
→ Oscar Bressane
→ Ourinhos
→ Paraguaçu Paulista
→ Pedrinhas Paulista
→ Pompeia
→ Salto Grande
→ Santa Cruz do Rio Pardo

Com as análises realizadas dentro do Lab Móvel é possível obter o resultado em até 24 horas a partir do momento em que as amostras chegam ao contêiner.

Em seguida, inicia-se o sequenciamento genético, processo que pode durar de três a seis dias, ou até 12 dias para as variantes. Fora do contêiner itinerário, todo esse processo pode durar de 10 a 12 dias.

"Nosso objetivo com o projeto é analisar as amostras com mais agilidade e assertividade para entender quais regiões do estado precisam de mais atenção”, afirma Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan.

Os municípios que recebem o laboratório se responsabilizam por realizar as coletas de amostras em suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e encaminhá-las ao laboratório itinerante. Lá, por sua vez, os especialistas realizam o diagnóstico e, então, separam as amostras positivas para iniciar o sequenciamento e identificar as variantes.

O sequenciamento é necessário porque os vírus sofrem mutações, ou seja, alterações em seus códigos genéticos, gerando variantes.

Ciência na vitrine - O veículo, equipado com alta tecnologia, possui três sequenciadores genéticos, extrator de DNA, centrífuga, seladora, geladeira e freezer para armazenamento de amostras, entre outros. O investimento total foi de R$ 3 milhões.

Os moradores de Marília poderão acompanhar o trabalho dos pesquisadores de perto. Isso porque a estrutura do veículo, de mais de 12 metros de comprimento e quase 3 metros de altura, conta com uma parte de vidro que permite a observação dos procedimentos realizados pelos cerca de 20 cientistas e funcionários do Butantan que atuam no projeto.

(Portal G1)

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